Mais uma vez trabalhadoras e trabalhadores se reúnem na Praça da Sé e mostraram sua força para não esquecer o sentido de suas lutas
Como acontece há mais de vinte anos, trabalhadores de diversas regiões de São Paulo se reuniram na Praça da Sé para relembrar suas lutas e conquistas em um 1º de Maio classista, independente e conduzido pelo ideal socialista. Recordando o sentido da necessidade da construção de uma atividade realmente combativa, todos os militantes, fosse falando ao microfone ou reafirmando sua força entre os 2 mil presentes na praça, mostraram que não estão dispostos a abrir mão de seus direitos. O avanço da terceirização, banco de horas, a anulação da reforma da previdência, Acordo Coletivo Especial e 10% do PIB para a educação pública foram algumas pautas colocadas evidência neste ato.
Serginho, dirigente do Bloco de Oposição da APEOESP e militante da INTERSINDICAL, trouxe à tona a relevância no dever de se debater a atual conjuntura. “os trabalhadores não vão se curvar, perante os ataques que estão sofrendo. Para isso é fundamental a solidariedade entre a classe trabalhadora”, disse. Ele lembrou das condições precárias que os professores, por exemplo, estão submetidos, sendo obrigados a cruzar os braços para lutarem pelos seus direitos e por uma educação pública de qualidade.
Ressaltando a atuação falha dos governos tucanos, há dezenove anos à frente da gestão estadual, Serginho foi pontual ao recordar que os jovens que o governador Geraldo Alckmin quer enquadrar na maioridade penal são todos nascidos após a chegada do PSDB ao poder. Sem que este fator tenha representado melhoria nenhuma no sistema educacional, este governo “é o principal responsável pelo genocídio da juventude pobre na cidade”, disse.
Falando em nome de UNEafro, Douglas Belchior destacou que um dos objetivos e desafios das forças de esquerda “diante dos monopólios dos meios de comunicação e do poderio financeiro desproporcional das elites, é a prática cotidiana da disputa da consciência do povo”.
Intervenções político-culturais
Compreendendo da importância do papel dos movimentos culturais no âmbito da luta de classes, este 1º de maio contou com a participação de grupos teatrais, bandas e coletivos que fazem da arte sua ferramenta de luta cotidiana.
A abertura ficou por conta do Rubra – Núcleo de Ação Cênica, que debateu com muita criatividade em sua produção a precarização do trabalho, terceirização e subempregos. Na sequência o Partida Teatral fez de sua apresentação um questionamento ao papel do Estado frente aos trabalhadores e sua necessidade de organização.
Provocando a população a se mobilizar, os rappers do Extremo Leste Cartel agitaram o palco. Na finalização, os rapazes da banda Cravos da Madrugada entoaram a clássica Internacional, fechando com chave ouro mais este 1º de Maio de Luta
Do site da Intersindical