Na última pesquisa do Ibope Jorge Paz aparece em terceiro lugar, na frente do PT, PPS e PSTU. A diferença ainda é grande com o candidato da máquina Bertaiolli (PSD), mas de qualquer modo o PSOL se destaca como uma alternativa para todos aqueles que estão descontentes com a atual administração e querem mais democracia na cidade. A campanha tem crescido, ampliando o apoio popular e chegando até os bairros mais distantes.
Conheça Jorge Paz
Jorge Paz, 63 anos, militante socialista, professor de português, tem quatro filhos e dedica sua vida em favor do povo desde a luta contra a ditadura militar. Fez parte da diretoria da APEOESP – sindicato dos professores – e participa das lutas populares da cidade.
Jorge iniciou sua formação política dentro da Igreja Católica, em meados da década de 1960 em um grupo de jovens que reunia-se aos domingos no complexo do Carmo para realizar atividades de recreação e ter aulas sigilosas com o frei Chrisostono Ubink, o frei Fofo. O religioso holandês falava com indignação sobre a Ditadura Militar e tentava destacar a importância de mudança do regime para melhoria da qualidade dos trabalhadores. Nos anos seguintes Paz tornou-se militante e participou ativamente da luta contra a ditadura e depois da criação do Partido dos Trabalhadores (PT) em diversas regiões do País.
Em 2008 foi candidato a vereador, sua primeira experiência como candidato, após várias eleições apoiando e coordenando campanhas do PT e depois do PSOL.
Jorge Paz teve seus primeiros contatos com a política dentro da própria casa. Seu pai, José Menino Paz, já falecido, nunca teve filiação partidária, mas nos períodos eleitorais envolvia-se com as campanhas. Ainda criança era levado com ele para colar cartazes de candidatos nas ruas da Cidade. Jorge nasceu em Biritiba Mirim, em um sítio da família de sua mãe, Terezinha Batista Paz, hoje com 84 anos. Logo após o nascimento, o casal se mudou para Mogi das Cruzes em busca de melhores condições de vida. Quando tinha entre oito anos de idade, o candidato, que é o mais velho de dez irmãos (sendo dois falecidos), começou a vender verduras nas ruas para ajudar no sustento da casa. Porém, por persistência do pai, nunca abandonou os estudos, que chegou a fazer em algumas escolas particulares da Cidade, com o pagamento de mensalidades simbólicas.
Jorge Paz iniciou a faculdade de Letras na Universidade de São Paulo (USP) e durante sua estadia na Capital conciliava o estudo com o trabalho e a militância. Em 1977, no entanto, foi obrigado a interromper o curso por causa da perseguição dos militares. Ele foi enviado para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por cinco anos de forma clandestina, mantido pelo Movimento pela Emancipação do Proletariado (MEP), que atuava contra a Ditadura. Nesse período, Jorge viajou para várias regiões do País para ajudar na fundação do PT em cidades como Salvador e Belém. Em 1983, retornou para São Paulo e concluiu o Ensino Superior na Pontifícia Universidade Católica (PUC). O professor retornou para Mogi em 1988 e começou a lecionar na rede estadual. Há 18 anos, atua na Escola Estadual Firmino Ladeira, localizada no Mogi Moderno, bairro em que mora desde a infância.
Atua há muitos anos no movimento sindical, na APEOESP. Hoje atua como conselheiro da Sub-sede de Mogi, mas já foi da Diretoria Estadual do Sindicato e participou de diversos movimentos em defesa da escola pública e da educação de qualidade.