Requerimento pede abertura de ação no Conselho de Ética do Senado. PSOL quer que empresário Carlos Cachoeira, preso pela PF, seja ouvido.
O PSOL protocolou nesta quarta-feira (28) representação que pede abertura de processo no Conselho de Ética do Senado para verificar se houve quebra de decoro parlamentar por parte do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), suspeito de envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob suspeita de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal.
A representação foi entregue à Secretaria Geral da Mesa do Senado, que vai encaminhar o pedido para o presidente em exercício do Conselho de Ética, senador Jayme Campos (DEM-MT), que terá cinco dias úteis para dar um parecer sobre a abertura ou não do procedimento. Se ele aceitar, o plenário do conselho também terá de votar. Caso o presidente rejeite, os demais integrantes do conselho podem recorrer.
O pedido foi assinado pelo presidente do PSOL, deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). A representação pede que sejam ouvidas testemunhas, inclusive Carlos Cachoeira, e que a Procuradoria Geral da República remeta informações sobre as investigações da Polícia Federal que levaram à prisão de Cachoeira.
Também é solicitado que Demóstenes Torres apresente defesa sobre as denúncias, o que só acontecerá caso o processo seja aberto.