O líder do PSOL, deputado Chico Alencar, protocolou, no final da tarde de segunda-feira 12, na presidência da Câmara memorando em que cobra da Corregedoria investigação sobre as relações de parlamentares com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso na semana passada pela Polícia Federal.
Conforme as denúncias, publicadas pela revista Veja e o jornal O Globo, Cachoeira oferece R$ 100 mil ao deputado Rubens Otoni (PT/GO), deixa claro que repassou outros R$ 100 mil, em outra ocasião, e ainda sugere ao parlamentar que não declare o valor à Justiça Eleitoral. A gravação em vídeo foi feita pelo próprio Cachoeira e descoberta pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. A PF registrou centenas de gravações, muitas delas entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (DEM/GO), que declarou que “todo mundo, de todos os partidos, fala com Carlinhos e com os demais empresários”.
Para o PSOL, devem ser investigadas essas relações de parlamentares (quais?) com Carlinhos Cachoeira, além do pagamento feito ao deputado Rubens Otoni – já que a não declaração de doação à Justiça Eleitoral configura em abuso de pode econômico, com cassação de diploma e inelegibilidade por oito anos (artigos 1 e 22, da Lei Complementar 64/1990).
O deputado Chico Alencar também pede investigação por parte do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
“Trata-se de generalização que deve ser repudiada por esta Casa, no interesse de lhe preservar a honra e a decência. Não! Nem todos os parlamentares e nem todos os partidos podem ser atirados na vala comum dos que mantêm relações com o contraventor”, argumenta Chico Alencar.
Do site da Liderança do PSOL na Câmara dos Deputados