8 de março: Dia Internacional de Luta da Mulher
Concentração para a passeata na Praça da Sé -14horas
O 8 de março resgata em sua história a grande onda grevista das trabalhadoras têxteis de Nova Iorque (EUA), em 1908 e 1911. Elas lutavam pela redução da jornada de trabalho, salário igual para trabalho igual e contra a intolerância dos patrões. Durante esta mesma época em diversos países as mulheres se mobilizaram para conquistar o direito ao voto e em 1917, na Rússia, as operárias têxteis saíram às ruas contra a fome, guerra e tirania, precipitando assim o que viria ser a Revolução Russa. A partir de 1922 que o Dia Internacional de Luta da Mulher é celebrado oficialmente no dia 8 de março no mundo todo.
Foi através da nossa luta e organização cotidiana que conquistamos muitas mudanças em nossas vidas, mas ainda temos muito por que lutar. O sistema capitalista, patriarcal, racista, nos oprime, nos explora, expondo nossos corpos como mercadoria, destruindo a natureza, nos sobrecarregando de trabalho e responsabilidades com a casa e família.
Em 2012 ocupamos mais uma vez as ruas por autonomia e igualdade e pela construção de uma sociedade sem exploração, sem machismo, sem racismo, sem preconceito contra as mulheres lésbicas ou com deficiência.
Estamos nas ruas para denunciar:
• A crise mundial é econômica, financeira, energética, climática, alimentar, de cuidados e de super exploração do trabalho. O capitalismo “verde” vê na crise formas de lucrar, e para isso expande suas fronteira para a natureza: vende o ar, se apropria das terras, privatiza e mercantiliza os bens comuns como a água. Tudo vira mercadoria em oposição à vida.
• A ofensiva conservadora e machista que se expressa no aumento da mercantilização do corpo e da vida das mulheres, na publicidade sexista, na prostituição e no tráfico de mulheres.
• A política higienista, tirana e racista do município e governo de São Paulo, respaldada pelo poder judiciário, que tem atuado para retirar a população de suas casas, seja dos sem-teto no centro de São Paulo, no Pinheirinho em São José dos Campos ou na região da Cracolândia, utilizando a truculência contra a população, em especial contra as mulheres pobres.
• A militarização da sociedade e o imperialismo tem tomado, destruído e impedido a soberania dos povos, oprimindo principalmente mulheres e crianças ao usar de estupros, sequestros e intimidação como armas de guerra como acontece na Palestina e em outras partes do mundo. Assim como as ocupações por milícias, trafico e policiais nas favelas.
• A violência contra as mulheres! O governo de São Paulo, tem sido cúmplice desta violência pois não investe um centavo em políticas de atenção e prevenção a violência machista.
• As mulheres em São Paulo e em todo país que estão deixando de trabalhar fora por falta de creche para as crianças. Segundo o Anuário das Mulheres Brasileiras, publicado pelo DIEESE, a principal dificuldade para as mulheres conseguirem emprego, ou se manterem nele é a ausência de creches.
• Está em curso o retrocesso das políticas públicas de atenção a saúde das mulheres como o Mãe Paulistana, do governo municipal a Rede Cegonha e medida provisória 557/2011, do governo federal, que propõe cadastro de gestantes para controlar aquelas que engravidam. Estas políticas servem mais para propaganda do que para cuidar da saúde das mulheres.
Estamos nas ruas para exigir e reivindicar:
Autonomia, igualdade, direito ao trabalho, preservação da vida e da natureza.
• Políticas que promovam a igualdade de oportunidades e leis que coíbam a diferença salarial para trabalho de igual valor e com o aumento real do salário mínimo.
• Apoio ao projeto de lei da igualdade no mundo do trabalho em debate no congresso.
• Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Por uma previdência pública solidária e sem fator previdenciário.
• Socializar o trabalho doméstico e de cuidados com criação e manutenção de espaços como restaurantes e lavanderias públicas e creches de qualidade por parte dos governos, além de compartilhar este trabalho com os homens. Ratificar e regulamentar a convenção 156 que trata deste tema;
• Pela ratificação da Convenção nº 189 da OIT que trata dos direitos da trabalhadora doméstica;
• Apoio a organização das mulheres trabalhadoras de cooperativas da economia solidária que lutam por direitos e trabalham buscando questionar as relações de exploração vigentes em nossa sociedade;
• Contra as privatizações e terceirizações em curso no âmbito municipal, estadual e nacional.
• Medidas que promovam a participação e ação política das mulheres.
Violência contra a mulher: investir para combater, amparar e prevenir
• Pelo fim de toda e qualquer violência machista. Por construção de centros de referencia, casas de passagem, casas abrigos e pela implementação e ampliação da Lei Maria da Penha, com articulação entre diferentes setores e políticas de governo;
• O fim da mercantilização do corpo da mulher cotidianamente reafirmado pela publicidade e grande mídia e pelo fim do tráfico de pessoas, em especial das mulheres, e do turismo sexual.
• A democratização dos meios de comunicação no Brasil, com controle social. Pelo fim da incitação à violência em todas as suas formas e contra o incentivo ao consumismo.
Direito a decidir sobre o próprio corpo, prevenção e atenção a saùde da mulher
• Descriminalização e legalização do aborto no Brasil com uma política de prevenção e acesso a métodos contraceptivos para todas as mulheres; atendimento de qualidade nos hospitais para os casos de aborto previstos em lei (estupro e risco de vida)
• Por políticas públicas sem interferência de posições religiosas principalmente na área de saúde da mulher onde grupos religiosos impedem as mulheres de ter acesso a métodos contraceptivos, laqueadura, planejamento familiar etc;
• Fortalecimento do SUS e da política de atenção integral a saúde da mulher em todas as fases da vida, através de mais investimentos públicos no âmbito municipal estadual e nacional, que considere todas as necessidades de saúde das mulheres jovens, negras, indígenas, idosas, com deficiência e lésbicas; e respeite a participação popular no SUS.
• Pela retirada da Medida Provisória 557, do congresso nacional! Não queremos cadastro de gestante, mas sim um pré natal e atendimento eficaz , digno e com qualidade na hora do parto e nos casos de aborto para prevenir a mortalidade materna.
Educação com qualidade em horário integral, não sexista, não racista e não lesbofobica:
• Que os governos municipal, estadual e federal construam creches públicas e gratuitas para que nenhuma criança fique fora do ensino infantil, educação com qualidade não sexista, não racista e não lesbofóbica em horário integral; Para isso, é necessário investimento de 10% do PIB na Educação Pública.
Moradia digna, direito a cidade e reforma agrária
• Reforma urbana e moradia digna para todas! Pela desapropriação do terreno Pinheirinho, que deve ser devolvido às pessoas que ali viviam, assim como a desapropriação de todos os prédios públicos sem uso no centro de SP, para moradia popular com prioridade para as mulheres em situação de violência; e responsáveis por família;
• Reforma agrária, soberania alimentar, livre de transgênicos e agrotóxicos;
• Fim da violência e autoritarismo, contra a repressão policial e a criminalização dos movimentos sociais; em especial as pessoas sem terra e sem teto.
Solidariedade para as mulheres no mundo contra a opressão
• Nos solidarizamos com todas as mulheres em luta no mundo contra a opressão com as mulheres da Palestina que resistem e lutam pela liberdade e soberania;
• Nos solidarizamos com as mulheres do Haiti. Para que tenha apoio realmente humanitário. Por um Haiti livre de violências, principalmente sobre as mulheres.
Assinam:
• AFROLGBT
• ANEL
• APEOESP – Secretaria da Mulher
• Atravanco na Contramão – Letras USP
• Articulação Mulher e Mídia
• Articulação Popular e Sindical de Mulheres Negras de São Paulo
• CA Benevides Paixão de Comunicação da PUC/SP
• Campo Barricadas Abrem Caminhos
• Campo Contraponto
• Casa Cidinha Kopcak
• Casa Viviane dos Santos
• Católicas pelo direito de decidir
• Centro Maria Mariá
• CGTB
• CIM – Centro informação Mulher
• Ciranda de Comunicação
• Círculo Palmarino
• CMB – Confederação das Mulheres Brasileiras
• CMP – Central de Movimentos Populares
• CNAB
• Coletivo DAR
• Coletivo Dandara do Direito da USP
• Coletivo de Mulheres Ana Montenegro
• Coletivo Feminista 3 Rosas
• Coletivo Feminista Lindóneia
• Coletivo Feminista Rosa Lilás
• Coletivo Feminista Yabá do Direito da PUC/SP
• Coletivo LGBT 28 de junho
• Coletivo LGBT CUT
• Coletivo Juntas!
• CONEN
• CONSABS – Conselho das Associações Amigos de Bairro
• Consulta Popular
• CSP Conlutas
• DCE Unicamp
• Espaço Cultural Carlos Marighella
• FACESP
• Fêmea
• Fepac
• FETAM/SP – Federação dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal do Estado de
• São Paulo
• Fórum de Esquerda do Direito da USP
• Fórum de Promotoras Legais Populares
• FrentexSP
• Fuzarca Feminista
• Grupo Construção Coletiva
• GT de Mulheres com Deficiência de São Paulo
• Instituto Zequinha Barreto
• Intersindical
• Kiwi Cia de teatro
• LBL – Liga Brasileira de Lésbicas
• Levante Popular da Juventude
•
• LTB
• Mandato da Vereadora Juliana Cardoso
• Mandato do Deputado Estadual Adriano Diogo
• Mandato Deputado Estadual Carlos Giannazi
• Mandato Deputado Federal Ivan Valente
• Marcha Mundial das Mulheres
• Marias Baderna Coletivo Feminista Letras USP
• MDM – Movimento pelo Direito a Moradia
• Movimento de Mulheres Olga Benário
• Movimento Mulheres em Luta
• Movimento Moradia Centro
• Mulheres da Federação Nacional de Estudantes de Direito
• Mulheres do PCB, PCdoB, PT, PSOL e PSTU
• Nova Central
• Observatório da Mulher
• OMAQUESP
• Rede Emancipa de Cursinhos Populares
• Rede Feminismo e Economia
• Rede Feminista de Sexualidade e Saúde
• Rompendo Amarras
• Secretaria de Mulheres do Sinpeem, UGT, CUT/SP, CUT, Força Sindical/SP, Força Sindical,
• CTB/SP, CTB
• Setorial LGBT do PSOL e PT
• Sindicap – Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário de São Paulo
• Sindicato da Borracha
• Sindicato dos Psicólogos
• Sindicato dos Químicos Unificados Campinas, Osasco, Vinhedo e Região
• Sindiedificios
• Sindsep – Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo
• Sintratel
• SOF – Sempreviva Organização Feminista
• Tribunal Popular
• UBES
• UBM – União Brasileira de Mulheres
• UJS
• UNE
• União de Mulheres de São Paulo,
• União dos Movimentos de Moradia SP
• União Popular de Mulheres de Campo Limpo e Adjacências
• Universidade em Movimento USP
• UPES