Desde 2009 está na Procuradoria Geral da República (PGR) relatório de inquérito da Polícia Federal que apontou supostos vínculos do senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e dos deputados Carlos Leréia (PSDB/GO) e João Sandes Júnior (PP/GO) com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A informação foi publicada na última sexta-feira (23/03), no jornal O Globo.
O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o deputado Francisco Praciano (PT/AM), coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, irão à PGR nesta semana para conversar com o procurador geral Roberto Gurgel e saber os motivos da lentidão do processo. Os parlamentares pretendem protocolar um pedido de urgência na apreciação das investigações. A data da reunião ainda será confirmada pela assessoria da PGR.
“É de se estranhar essa lentidão para abertura de inquérito. De nossa parte, trata-se de zelo pela ética na política e defesa do próprio Congresso Nacional”, explica o líder Chico Alencar.
Na semana passada, o PSOL apresentou memorando em que cobra da Corregedoria da Câmara investigação sobre as relações de parlamentares com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. No Senado, na última terça-feira,o PSOL protocolou representação contra o senador Demóstenes Torres.
Conforme as denúncias, Cachoeira oferece R$ 100 mil ao deputado Rubens Otoni (PT/GO), deixa claro que repassou outros R$ 100 mil, em outra ocasião, e ainda sugere ao parlamentar que não declare o valor à Justiça Eleitoral. Gravações comprometedoras apontam que Leréia, Sandes Júnior e Demóstenes obtiveram favores de Cachoeira, como pagamento de táxi-aéreo e celulares do tipo Nextel.
Do Site da Liderança do PSOL na Câmara dos Deputados