Os professores da rede municipal serão prejudicados com a medida, segundo o deputado e representantes da categoria
O novo Índice de Qualidade de Educação (INDIQUE), que segundo a Secretaria Municipal de Educação da capital deverá ser o indicador a servir de base de cálculo do bônus a ser pago aos educadores em 2012, recebeu duras críticas do professor e deputado Carlos Giannazi. Para ele, mais uma vez os profissionais da Educação serão prejudicados por não terem salários dignos e pela responsabilização diante de uma baixa qualidade de aprendizagem dos alunos.
A SME, na opinião do parlamentar, copia errada e tardiamente o que vem acontecendo na rede estadual e já foi extinto na política de remuneração dos professores das escolas de Nova York, por exemplo. Para Giannazi, bem como para o Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (SINESP), o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM) e o Sindicato dos Professores e Funcionários do Ensino Municipal de São Paulo (APROFEM), além da ausência de diálogo com a categoria faltam fundamentações minimamente confiáveis sobre o ‘peso’ e tabulação de quesitos como o perfil socioeconômico dos estudantes de cada unidade e da prova São Paulo na elaboração desta bonificação.
“Não podemos aceitar que o bônus esteja atrelado ao resultado da avaliação dos alunos, pois sabemos que aprendizagem não depende apenas do trabalho dos professores mas também de variáveis socioeconômicas. Tudo isso sem contar, ainda, que os aposentados e pensionistas continuam sendo prejudicados porque não terão acesso ao bônus”, disse Giannazi, que é membro efetivo da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
30 de julho de 2011
Do site do deputado estadual Carlos Giannazi