O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante.
Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.
O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas.
Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos.
A ideia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.
O documentário “O Veneno Está na Mesa”, autoria do cineasta Sílvio Tendler, foi lançado no dia 25 de julho último e faz parte da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, encabeçada por várias entidades socias, populares, de trabalhadores e ambientalistas de todo o país.
“O Veneno Está na Mesa”
O documentário está dividido em quatro partes no YouTube:
• ACESSE AQUI para a primeira parte
• ACESSE AQUI para a segunda parte
• ACESSE AQUI para a terceira parte
• ACESSE AQUI para a quarta-feira
Entrevista com Sílvio Tendler
• ACESSE AQUI para ler entrevista com Sílvio Tendler, autor do documentário, concedida ao Jornal Brasil de Fato e publicada também no site do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST – http://www.mst.org.br/)
Shell/Basf – O lucro acima da vida
Aproveite e reveja o documentário intitulado “Caso Shell/Basf: O Lucro Acima da Vida”, que conta a história do crime de contaminação ambiental e humana cometido pelas duas multinacionais na planta industrial situada no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia/SP.
O vídeo foi premiado na 5ª Mostra Cine/Trabalho na Unesp/Bauru, em maio de 2010, e é uma produção do COT (Centro Organizativo dos Trabalhadores), ATESQ (Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas) e do Sindicato Químicos Unificados.
ACESSE AQUI para assistir (ou fazer download) do documentário “Caso Shell/Basf: O Lucro Acima da Vida”
A problemática dos agrotóxicos no Brasil
O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um milhão de toneladas (equivalente a mais de 1 bilhão de litros) de venenos foram jogados nas lavouras em 2009, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.
Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras do país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.
O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do agronegócio, modelo de produção que concentra a terra e utiliza quantidades crescentes de venenos para garantir a produção em escala industrial.
Desta forma, o uso excessivo dos agrotóxicos está diretamente relacionado à atual política agrícola do país, que foi adotada a partir da década de 1960. Com a chamada Revolução Verde, que representou uma mudança tecnológica e química no modo de produção agrícola, o campo passou por uma “modernização” que impulsionou o aumento da produção, mas de forma extremamente dependente do uso dos pacotes agroquímicos [adubos, sementes melhoradas e venenos].
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), na última safra foram vendidos mais de 7 bilhões de dólares em agrotóxicos. Todo este mercado se concentra nas mãos de apenas seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado dos venenos. São elas: Monsanto; Syngenta; Bayer; Dupont; DowAgrosciens e Basf.
Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar esterilidade masculina, formação de cataratas, evidências de mutagenicidade, reações alérgicas, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, no sistema imunológico e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios, desenvolvimento de câncer, dentre outros agravos à saúde.
Fonte e mais detalhes em:
http://www.mabnacional.org.br/