O pagamento de juros da dívida pública foi recorde no primeiro bimestre da gestão Dilma Rousseff.
Os R$ 38,4 bilhões pagos por União, Estados, municípios e estatais foram os maiores para o período da série histórica iniciada pelo Banco Central em 2001.
A alta da inflação e dos próprios juros estão entre os motivos desse aumento.
A taxa média da dívida está praticamente no mesmo patamar do início da gestão Lula, apesar de a taxa básica (Selic) ter caído pela metade.
Isso se deve à mudança no perfil da dívida brasileira. A parcela corrigida pela inflação, por exemplo, mais que dobrou e responde hoje por quase 35% dos juros pagos.
Houve também aumento na parcela da dívida corrigida pela Selic. Assim, apesar de a taxa ter caído, o governo tem uma dívida maior indexada a ela para pagar.
A economia do setor público para reduzir a dívida, o chamado superavit primário, cresceu um pouco menos que os juros no bimestre, mas teve melhora em relação aos últimos dois anos.
A poupança já representa 22% da meta de R$ 117,9 bilhões fixada para 2011, ante 15% em igual período de 2010.
No mês passado, o superavit primário foi de R$ 7,9 bilhões, recorde para meses de fevereiro. Estados e municípios economizaram juntos R$ 4,7 bilhões, maior montante desde 1991.
Folha de S. Paulo – 1/4/2011