A cinzenta e chuvosa manhã deste sábado, 12, de São Paulo foi tingida de lilás, entre outras muitas cores, no ato em celebração ao 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Na sua centésima primeira edição, as feministas voltaram a pedir o fim do machismo, igualdade de direitos, autonomia e um socialismo com liberdade. Participaram da marcha mais de 3 mil mulheres e algumas centenas de homens.
Entre as reivindicações estavam a legalização do aborto, criação de creches no local de trabalho e estudo, licença maternidade por 6 meses e a efetiva implementação da lei Maria da penha
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O ato foi marcado pela discussão a respeito do que significa a eleição de Dilma, a primeira mulher presidente do país. Segundo Laura Cymbalista, militante do PSOL que participa da organização do ato, “a eleição de uma mulher trás um emponderamento para nós mulheres, mas os sinais desse início de governo são ruins para os direitos das mulheres”. Entre os problemas apontados por Cymbalista estão o reajuste do salário mínimo menor que a inflação, o corte de 50 bilhões de reais no orçamento federal para serviços públicos enquanto o pagamento da dívida segue sem alteração.
Mais de 100 organizações participaram da manifestação, que contou com delegações de várias cidades do interior de São Paulo.