Em resposta a recente onda de violência contra homossexuais em São Paulo, militantes LGBT realizam no próximo sábado (19) uma grande marcha contra a homofobia e pela aprovação do PLC 122, projeto de lei que torna crime a discriminação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. A concentração será na Praça do Ciclista, esquina da Av. da Consolação, às 15h com destino ao edifício 777 da Av. Paulista, local que se tornou simbólico quando, em novembro do ano passado, um estudante de 23 anos foi agredido com lâmpadas fluorescentes por um grupo de jovens que acreditavam que a vítima era homossexual.
Infelizmente, a onda de violência não parou por aí. Deste então, outras agressões ocorreram. Recentemente, a imprensa noticiou um novo caso, ocorrido no final de dezembro, no qual um casal de lésbicas foi espancada por dois homens, apontados com pai e filho, dentro de um estacionamento em Jacareí. Fatos assim não páram de surgir, mas ainda não é possível ter uma dimensão exata da gravidade do problema, uma vez que não há estatísticas oficiais sobre a violência contra homossexuais em âmbito estadual (nem nacional). Por isso, movimento LGBT também tem reivindicado do poder público instrumentos capazes de identificar esse tipo de crime no momento em que a ocorrência é registrada.
Para o dia 19, todos estão convidados a comparecer e levantar a bandeira contra a homofobia. Um dos objetivos da marcha é conscientizar a sociedade para a importância da aprovação do PLC 122. Por isso, os manifestantes pretendem desmistificar a idéia de que a lei fere a liberdade de expressão ou de culto religioso. O texto do projeto apenas altera a já existente Lei contra o Preconceito (Lei 7716/89), acrescentando “origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero” ao rol já existente de “discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. O projeto atualmente aguarda aprovação no senado, onde conta com apoio integral da bancada do PSOL.
O Partido Socialismo e Liberdade apoia a luta contra a homofobia e contra toda a forma de preconceito, seja ele de gênero, orientação sexual, raça, cor, etnia, origem ou idade, pois entende que a luta contra a desigualdade também é uma luta anti capitalista. Vale lembrar que 2010, o PSOL se destacou por pautar a questão da livre orientação sexual e identidade de gênero em suas campanhas eleitorais e atualmente, seus parlamentares tem se dedicado a defesa dos direitos LGBT em todas as esferas do legislativo. Este mês, o deputado federal Jean Willys (PSOL RJ) iniciou o trabalho de reestruturação da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT na Câmara Federal e o também deputado federal Ivan Valente (PSOL SP) protocolou o desarquivamento do projeto que trata da união estável por pessoas do mesmo sexo.
Por LGBTs do PSOL/SP