Logo no início do debate Hamilton apresentou dados sobre os assassinatos no Brasil que demostram o tamanho e a amplitude do racismo no Brasil. Dados apontam que a cada 4 pessoas mortas pela polícia, 3 são negros. Para Hamilton “o Brasil sofre, segundo os critérios da ONU, de racismo institucional, pois as nossas policias veem no negro um marginal em potencial”
“Nos sabemos que em boa parte a violência que se abate das populações negras e pobres é oriunda justamento do descaso social com essa população que os diversos governos tiveram com essas populações. Temos vistos governos do PSDB, PT, DEM e de diversos outros partidos que promovem uma verdadeira faxina étnica nessa país, usando como desculpa reurbanização das cidades. Essa faxina é histórica, foi assim com os indígenas e com os negros, e isso se reproduz até hoje”, afirmou Hamilton.
Em resposta a Michel Temer afirmou que a política de segurança pública do governo federal é “extremamente desastrosa”. “Diferentemente dos outros candidatos que acreditam que segurança pública é caso de polícia, que é preciso reprimir, o PSOL entende que o problema de violência é um problema social. Por isso os investimentos para segurança precisam ir nessa direção, de acabar com a exclusão ao invés de gastar dinheiro com os juros da dívida pública paga aos banqueiros”.
Criticou a política de UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora), que representam a instalação de bases da polícia nas comunidades, que com a justificativa de combate ao narcotráfico ocupam comunidades inteiras, colocando as favelas em constante estado de sítio, “As Unidades de Policia Pacificadora (UPP’s) tem levado terror as pessoas de bem das comunidades do Rio de Janeiro”, afirmou Assis.
Hamilton demonstrou durante o debate que Marina Silva representa o mesmo projeto de Dilma e Serra, afirmando que “A candidata Marina Silva foi a favor da transposição do rio São Francisco, da construção de Belo Monte que são obras que expulsam as populações ribeirinhas em construções que são desnecessárias no Brasil de hoje, investindo dinheiro público em empresas privadas”.
Em resposta a Indio da Costa, vice de José Serra, defendeu a legalização do aborto como política de saúde pública, “Quem morre nas filas de hospitais por fazer um aborto são as mulheres, essas que não tem acesso as clínicas particulares onde as mulheres são bem atendidas”, afirmou Hamilton.
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