Durante a atividade organizada pelo DCE livre da USP, Plínio não fugiu de nenhum debate, defendeu, por exemplo, o fim do ICMS – imposto que recai de maneira igual sobre pobres e ricos pois a taxação é feita sobre o produto e não sobre a renda. Essa é umas das razões que faz com que o pobre pague mais imposto que o rico no Brasil, “O PSOL propõe o fim do ICMS, com a taxação das grandes fortunas. Essa é a política de reforma tributária do PSOL”, afirmou o candidato.
Quando indagado sobre o Plano Real, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e apoiado por Dilma, Marina e Serra, afirmou que ele criou “a bolsa banqueiro”, que remunera o lucro e as empresas em detrimento das condições de vida dos trabalhadores.
Plínio defendeu também a diminuição da jornada de trabalho e o aumento do salário mínimo para R$2000,00, como política de combate ao desemprego e a desigualdade. Quando indagado se essa política não teria efeitos negativos sobre a previdência tratou de desmascarar um mito propagado pela mídia de que a previdência é deficitária, “A previdência tem diversas contas, apenas uma delas está deficitária, as demais estão positivas e garantem que a previdência seja no final das contas superavitária”, afirmou Plínio.
Umas das perguntas da platéia feitas a Plínio abordavam o tema da política ambiental da ex-ministra e candidato à Presidência pelo PV, Marina Silva. Para Plínio “o grande problema é que a candidata do PV não quer mexer com o capital, pois acredita que é possível conciliar preservação com incentivo à indústria, e isso é impossível, pois o interesse do capital é insaciável e se necessário passa por cima da natureza. Por isso defendemos no PSOL a natureza em primeiro lugar, depois pensamos nas empresas”, concluiu.
Sobre política externa, deixou claro que existem dois tipos de diplomacia no mundo, “a dos que tem armas nucleares e mandam no mundo, e os que não têm e obedecem.”. Por isso em um governo do PSOL a prioridade da política externa do Brasil é criar laços fortes com outros países aliados para tentar se proteger dos interesses das potencias imperialistas.
Para o tema da educação Plínio também foi muito direto: “dinheiro público é para educação pública, por isso vou quadriplicar o PROUNI… só que ao invés de financiar essas indústrias de diploma, o PSOL vai ampliar as vagas em faculdades públicas”, afirmou, momentaneamente espantando a platéia quando brincou que apoiaria o projeto do atual governo. Segundo o candidato para implantar essas medidas “é necessário aumentar os gastos com educação que hoje são em torno de 3%, para 10%. Sem dinheiro não tem educação de qualidade”.
Sobre a questão do aborto afirmou que é a favor da legalização, pois apesar de ser católico, não acredita que a fé deva subordinar as decisões de Estado que interferem na vida de pessoas com crenças completamente diferentes. Afirmou também que a escolha do aborto é da mulher, que tem autonomia sobre seu corpo.