No segundo bloco do debate os candidatos foram questionados pelos jornalistas participantes. Cada jornalista escolheu um candidato para responder e outro para comentar a resposta. O jornalista Arnaldo, perguntou ao candidato do PSOL sobre os 100% de hospitais públicos o que vai acontecer com os privados?
Paulo Bufalo defendeu o SUS 100% como prevê a Constituição federal e a Lei 8080. “O Estado já prevê também a saúde complementar, mas o que temos visto no Estado de São Paulo e no Brasil é que isso se generalizou”, disse Bufalo referindo às terceirizações por meio de organizações sociais e fundações privadas. “Nas organizações sociais é a lógica da produtividade, pois quanto mais atende, mais recursos rende”, diz.
Ele explicou como esse processo gerou o abandono à saúde preventiva. “A saúde está se tornando mercadoria, moeda de troca para alimentar o setor privado, em nível estadual para as organizações sociais e no federal para as fundações privadas”, disse. “O que ocorre hoje é a transferência de recursos para esse modelo, é privatização da saúde. A evidência de que isso está errado é que as epidemias de dengue, leishmaniose crescem, porque não há saúde preventiva”.
O candidato socialista concluiu a fala afirmando que o objetivo do PSOL é retomar a gestão da saúde por parte do Estado, garantindo um direito constitucional.
Na segunda rodada, Bufalo ainda comentou questão feita ao candidato Paulo Skaff (PSB) que foi perguntado pelo jornalista Marco Antonio será apenas um candidato rico ou se era o candidato dos ricos. Enquanto Skaff afirmou que não é candidato para uma ou outra classe social, recusando-se a responder, Paulo Bufalo comentou: “camarada Skaff, é preciso tomar posições. Eu sou do Partido Socialismo e Liberdade, não é uma contradição vossa excelência, não é contradição ser de um partido que se diz socialista (PSB) e presidente da federação das indústrias de SP?