No segundo bloco do debate da TV Globo o candidato Paulo Bufalo do PSOL foi perguntado pelo candidato Celso Russomano (PP) sobre qual seria sua proposta para a saúde caso seja eleito. Segundo o candidato do PP “as pessoas estão esperando 60 ou 80 dias para conseguir uma consulta, 11 meses para um exames e 1 ano e sete meses para conseguir uma cirurgia”.
Antes de iniciar sua resposta Paulo Bufalo aproveitou para esclarecer o “acordo de cavaleiros” presente no debate. “Parece que tem um bate-bola entre aliados que vai se tornando cada vez mais evidentes”, alfinetou.
“A saúde vem sendo tornada mercadoria. Na grande São Paulo, como já falamos, o Centro de Especialidades, como lá em Belém recebeu um anúncio de uma hora pra outra de que seria fechado, sendo 4 mil prontuários transferidos para as OS [organizações sociais] ou Fundações de Serviço Privado”, afirmou Bufalo. “Ou se reverte a política de privatização ou não se tem saída para a saúde pública do Estado de São Paulo”, conclui.
“A bandeira dos SUS 100% pública que é defendida pelo PSOL é a bandeira dos movimentos sociais”, argumentou. “Tanto o governo do PSDB adota esse critério, como agora também há uma proposta esdrúxula que quer criar o Prouni da saúde, repassando recursos públicos para iniciativa privada”, conclui criticando também proposta que vem sendo difundida pelo candidato Aloizio Mercadante (PT).
Ainda no segundo bloco, Paulo Bufalo não fugiu do debate e escolheu o tema “meio-ambiente” para perguntar ao candidato do PV Fábio Feldmann sobre “meio-ambiente”: qual o posicionamento do candidato sobre o aprimoramento da legislação de proteção ambiental?
Na resposta, Feldmann disse ser favorável a uma política inovadora para a preservação da natureza, incluindo a “licitação-sustentável” e a punição às empresas que são responsáveis pela agressão ao meio ambiente.
Na sua réplica, Bufalo pegou Feldmann de surpresa, mostrando a incoerência do Partido Verde, cujos parlamentares votaram a favor da medida provisória 458 (conhecida com MP da Grilagem) que favorece a exploração e o desmatamento de terras públicas na Amazônia. Destacou ainda o posicionamento contrário a essa medida do deputado Ivan Valente, do PSOL, e cobrou coerência do seu partido cuja bandeira de campanha é a preservação da natureza.