Por Aldo Santos
Atendendo ao convite do Diretório Municipal do PSol de São Bernardo, o pré-candidato ao
governo do Estado de São Paulo, Paulo Bufalo, debateu com os filiados a
necessidade de se construir uma alternativa de poder para o governo do
Estado, uma vez que os atuais candidatos representam o continuísmo
neoliberal; “mais dos mesmos”. Os trabalhos foram abertos pela presidente
municipal do Partido, a companheira Wanda, que agradeceu a presença dos
membros do diretório e aos filiados e simpatizantes presentes.
O ex-vereador Melão Monteiro falou da importância da manutenção
da frente de esquerda para enfrentar o projeto neoliberal no país e no
Estado de São Paulo.
Também fiz o uso da palavra, discorrendo sobre a importância da
visita de Paulo Bufalo a cidade, lembrando aos presentes que a TLS (corrente
interna do Psol) deve dar o exemplo de combatividade e apoio pra valer a
candidatura de Paulo Bufalo, já que foi a TLS que impulsionou essa
candidatura, sensibilizando as demais correntes, tornando-a vitoriosa.
Com a casa cheia, o pré-candidato discorreu sobre vários temas
da vida política do País e do Estado.
Paulo Bufalo agradeceu aos presentes, o empenho da TLS e falou
sobre a origem pobre de sua família, das dificuldades para estudar e se
formar engenheiro. Atualmente é professor do Estado e leciona no centro
Paula Souza.
Agradeceu enfaticamente o convite, bem como a comissão
organizadora na figura do professor Cido que foi o responsável pela feitura
da feijoada, além dos demais colaboradores do partido.
Foram também anunciadas as presenças do professor Paulo Neves,
pré-candidato a deputado estadual, juntamente com o Toninho de Angatuba e do
Professor Denis, indicado pré-candidato a federal.
Destacou ainda a pré-candidatura a Presidência da República do
nosso companheiro Plinio de Arruda Sampaio, pela sua experiência política, o
seu prestígio intelectual e seu compromisso com as causas históricas da
classe trabalhadora.
Como parte de sua atuação, o mesmo fez menção sobre a
importância da data de 18 de maio, explicitada no seu artigo publicado no
site estadual do Psol, onde afirma: “O dia 18 de maio é marcado por duas
destas lutas sociais. A luta antimanicomial, articulada no Brasil a partir
do Congresso de Trabalhadores da Saúde Mental ocorrido em Bauru (1987), foi
o início da superação do tratamento de pessoas acometidas por sofrimento
psiquiátrico e ou desvio psicosocial através de privação do convívio com a
sociedade.
O antigo sistema manicomial envolvia e ainda envolve “tratamentos”
agressivos através de procedimentos químicos (drogas legais) e físicos
(eletrochoque, camisas de força, prisão em solitárias), usados com o intuito
de devolver o paciente à normalidade psíquica moralmente aceita.
Foi da ousadia da desinternação, da abertura das grades, do rompimento das
correntes e da eliminação da tortura, que nasceu a possibilidade se trilhar
por caminhos até então negados a uma parcela da sociedade e, assim, iniciar
a construção de uma outra história com o protagonismo das próprias pessoas
acometidas.
A outra luta que marca o dia 18 de maio é o enfrentamento à violência e à
exploração sexual contra crianças e adolescentes. Com aprovação da Lei
8069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente, a luta por uma nova
concepção da infância e da adolescência no Brasil ganhou um alento
importante. É neste cenário que se insere o combate a todas as formas de
violência contra crianças e adolescentes até então consideradas pessoas
“menores” também em seus direitos.
O abuso e a exploração sexual constituem formas das mais brutais de
violência, fruto das desigualdades sociais, da discriminação de gênero, raça
e etnia, do machismo e de relações de poder fortemente enraizados em nossa
sociedade. Elas se manifestam de muitas formas, inclusive, dentro da própria
família e para fins comerciais na prostituição, na pornografia, na pedofilia
e no tráfico.
Por suas características, seu enfrentamento necessita ações articuladas e de
caráter continuado que assegurem a proteção integral à criança e ao
adolescente e rompam com a “cultura” da exploração e da impunidade de
agressores.
O dia 18 de maio foi instituído como “Dia Nacional de Combate ao
Abuso e à Exploração Sexual Infanto-Juvenil, em referência a um crime
ocorrido nos anos 70, em que a menina Araceli Cabrera, então com oito anos,
foi brutalmente assassinada, após ser estuprada e torturada por membros de
uma tradicional família em Vitória – ES, que até hoje não responderam pelo
crime”. (Paulo Bufalo – Professor, Presidente do PSOL Campinas e Secretário
de Direitos Humanos do PSOL São Paulo. [email protected] )
Finalmente, Paulo Bufalo concluiu a sua fala colocando-se a
serviço do Partido para percorrer o Estado de São Paulo no intuito de que
façamos uma boa campanha, organizemos o nosso partido, ampliando ainda mais
as conquistas da classe trabalhadora.
Ousar lutar e Vencer é preciso !!!
Aldo Santos, Sindicalista, Coordenador da Corrente política TLS, Presidente
da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São
Paulo, Dirigente Nacional do Psol.(17/05/2010)