Hoje, na madrugada do dia 07 para o dia 08 de maio, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realizou uma ocupação de um terreno na região do ABC, em Santo André. É um terreno privado, que vinha há anos acumulando dívidas, o que se transformou em um motivo para a não utilização da área em programas habitacionais. Foi-se iniciada uma negociação entre o proprietário e famílias das comunidades próximas ao terreno para se realizar um loteamento. Porém, a negociação não avançou, e até onde se sabe o dinheiro que essas famílias investiram nisto foi passado ao proprietário, que desapareceu com a verba adquirida.
A região do ABC é uma região com um considerável déficit habitacional. Inclusive, a prefeitura de Santo André já pleiteou ao estado verba para habitação. O valor estimado do pedido foi por volta de 200 milhões.
Porém, casos como o deste terreno são muito comuns, no qual locais que poderiam ser transformados em moradias para quem necessita, ficam atravancados em seus proprietários, mesmo que eles não façam qualquer tipo de uso do terreno e até acumulem dívidas nele, como neste caso.
O programa federal “Minha Casa, Minha Vida” também já atingiu a região, tendo sido iniciado um trabalho primeiramente em Mauá, e que deve ser expandido para os outros municípios. Mas, assim como acontece em quase todas as localidades nas quais o programa se insere, a grande maioria das moradias é voltada para pessoas que ganham de três a dez salários mínimos, e a minoria para quem ganha abaixo disso, e que, logicamente, é quem mais necessita. Não há critério para isso. E ainda, o programa não
dispõe verba para solucionar realmente o problema. Em nenhum local do país, o número de moradias cobre o número do déficit habitacional.
O MTST acredita que a moradia, dentro do que nos está colocado, só é atingida pela luta. Uma luta que deve ter como fim a reforma urbana, que faça uma divisão igualitária dos espaços do meio urbano para todos os que ali vivem, e que, como trabalhadores e trabalhadoras que são, tem o direito a uma moradia digna.
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