Estava previsto um gasto de R$ 3,3 bilhões, mas foram aplicados R$ 2 bilhões
O governo do Estado de São Paulo deixou de investir R$ 1,3 bilhão na expansão da rede de metrô da capital paulista em 2009. Ao todo, estava previsto um gasto de R$ 3,3 bilhões, mas foram aplicados R$ 2 bilhões. Segundo o Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo), não houve falta de recursos nas obras de expansão do sistema. A redução dos investimentos ocorreu principalmente pelo atraso na linha 5-Lilás, cujas obras deveriam ter começado no início do ano passado, mas só foram iniciadas em agosto.
O trecho deixou de receber R$ 1 bilhão, o equivalente a 80% da verba prevista. Com isso, as estações Adolfo Pinheiro e Brooklin-Campo Belo, que seriam inauguradas em 2010, são prometidas agora só para 2011 pela empresa. O prolongamento prevê ampliação do ramal até a Chácara Klabin, interligando com a linha 2-Verde e a linha 1-Azul, na estação Santa Cruz, até 2013.
Também houve atraso na linha 4-Amarela, que recebeu investimento de R$ 699 milhões, 20% a menos do que estava estimado. As duas primeiras estações, Faria Lima e Paulista, deveriam ter entrado em operação em março, mas não foram abertas ao público. Já a linha 6-Laranja não recebeu R$ 70 milhões que estavam no orçamento.
A linha 2-Verde foi a única a receber toda a verba prevista. Do R$ 1,1 bilhão orçado, foi aplicado R$ 1,08 bilhão. Ainda assim, o cronograma atrasou. As estações Tamanduateí e Vila Prudente deveriam ter sido inauguradas em março, mas a abertura foi adiada para junho. Já a extensão da linha até Cidade Tiradentes, por monotrilho, recebeu apenas R$ 50 milhões dos R$ 228 milhões reservados.
O Metrô afirmou, em nota, que as obras não podem ser tratadas de forma pontual e o cronograma pode variar “em aproximadamente cinco meses para mais e um para menos” sem que isso caracterize o descumprimento da entrega. A companhia informou ainda que o investimento no plano de expansão chegará a R$ 23 bilhões entre 2007 e 2011. (Publicado no R7.com / Agência Estado – 26/04/2010)