Por Aldo Santos
Durante a manifestação dos professores, do último dia 26 de Março, próximo ao palácio dos Bandeirantes em São Paulo, dezenas de colegas educadores ficaram feridos pela ação truculenta da polícia de Serra.
A cada dia que passa o movimento grevista dos professores da rede pública do Estado de São Paulo fica mais forte, exige negociação já e enfrenta os brucutus do governo fascista de José Serra.
Desde a primeira assembleia na paulista, a polícia vem enfrentando e agredindo professores em luta, mas covardemente neste dia a polícia jogou spray de pimenta, atirou bomba de gás lacrimogêneo e bala de borrachas, sobre educadoras e educadores indefesos que se dirigiam ao palácio dos Bandeirantes, a fim de acompanhar as negociações que estava sendo realizada com representantes do sindicato e do governo.
Milhares de professores foram desrespeitados no seu direito de ir e vir, foram cassados como presas para serem abatidas, mas de cabeça erguida aprovam a continuidade do movimento e “ apesar de você, amanhã há de ser um novo dia”.
Cercados por policiais em todas as ruas, os educadores não se intimidaram e deram uma brilhante aula de resistência e verdadeira cidadania ao ar livre, tristemente poluído pela emissão de gás intoxicante.
Na primeira assembleia fui vítima de uma prisão temporária, que graças ao movimento fui resgatado dos braços dos algozes.
Nessa assembleia presenciei dezenas de professores e professoras feridos gravemente, além de ferimentos por cassetete como ocorreu com a professora Dagmar de Diadema, o professor Thiago de São Bernardo foi acertado por dois tiros de bala de borracha a queima roupa, de maneira covarde, pois o mesmo foi ajudar um outro colega que tinha desmaiado por conta de um tiro no rosto (ver foto no blog).
Mestres e mestres da luta e da boa educação demonstraram que a paciência tem limite, que a nossa causa é justa e defensável, e que mais dia ou menos dia vamos ganhar mais essa batalha, dentre outras que vencemos ao longo da história do movimento grevista no Estado de são Paulo.
Mais do que nunca é fundamental nossa unidade na luta, nossa solidariedade propositiva para que possamos fazer do nosso cotidiano educacional uma aula sem fim, um conteúdo sem ponto e um aprendizado sem barreira.
Conclamamos aos demais educadores para que possamos engrossar as fileiras do movimento, participando do bota fora a José Serra na próxima assembleia na avenida paulista dia 31 de março, às 14 horas.
Vamos fazer um cercamento ao governo Serra, malhar o Judas dos tucanos, ganhando as ruas, caminhando, cantando e enfrentando os permanentes opressores na busca de conquistas e melhorias salariais, emprego e condições de trabalho, bem como, a reposição de conteúdo e negociação dos dias parados.
Essa categoria é forte e lutadora e não serão bombas e repressões que irão impedir a nossa tarefa de casa e de luta por um mundo novo e livre das injustiças e da violência abjeta dos governantes capitalistas.
Lutar sempre é preciso!!!
Aldo Santos: sindicalista, coordenador da corrente política TLS,Presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo,Membro do Diretório Nacional da executiva Estadual do Psol, SP.(27/02/2010)
http://professoraldosantos.blogspot.com/ – acesse e participe.