Acho ótimo que pessoas e empresas estejam engajadas para o Dia Mundial da Água. Portanto, espero que essa onda não seja para uma grande lavagem de marcas. Até porque água é um bem escasso e não pode ficar sendo usado para retirar manchas que só vão ser removidas com ações reais que mudem a forma como se faz negócios e não apenas perfume o que está sujo. E não é apenas o uso racional do que se retira do meio ambiente, pois água não serve só para cozinhar, tomar banho ou fazer cerveja.
Pensar racionalmente a água passa por evitar a construção de grandes hidrelétricas, que afogarão comunidades ribeirinhas ou indígenas em algum lugar da Amazônia, em detrimento a apostar em formas mais limpas de produzir energia – que hoje são caras por falta de investimento. Afinal, é necessária muita energia para fazer alumínio (aquele das latinhas) e alguém tem que pagar pelo progresso. Ou a contaminação de rios, córregos e lençóis freáticos com agrotóxicos (sugiro ótima matéria de Angela Pinho, hoje na Folha de S. Paulo, sobre como as grandes do setor, como Syngenta, Bayer e Basf, foram flagradas com irregularidades em fiscalizações).
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