No último dia 16 de setembro a bancada ruralista no Congresso Nacional deu mais um passo na ofensiva contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Foi protocolado novo pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para “apurar o repasse de dinheiro público” para o Movimento. À frente da comitiva de representantes dos latifundiários estavam os deputados Ronaldo Caiado (DEM/GO) e Ônix Lorenzoni (DEM/RS) e a senadora Kátia Abreu (DEM/TO).
O pedido da CPI é mais uma manobra para desmoralizar o MST, na esteira das “denúncias” recentemente publicadas pela revista ‘Veja’ e o jornal ‘O Estado de S. Paulo’ sobre o repasse de verbas públicas para a reforma agrária no Brasil. Outros grandes grupos de mídia – ‘Correio Braziliense’, ‘Zero Hora’ e ‘TV Bandeirantes’ – também retomaram os ataques ao MST.
Omitindo da população que a reforma agrária é uma política de Estado, prevista na Constituição Federal brasileira, de responsabilidade dos governos federal e estaduais, a grande mídia busca jogar a população contra o MST. Especialmente após a vitoriosa marcha realizada nacionalmente pelo Movimento em agosto deste ano, que fez com que o governo Lula se comprometesse a atualizar os índices de produtividade no campo. A bancada ruralista quer impedir a qualquer custo a atualização também prevista constitucionalmente desses índices. Embora o próprio governo não tenha até aqui honrado o compromisso formalizado com os trabalhadores.
Por esta razão, o Partido Socialismo e Liberdade de São Paulo se coloca contra a criminalização dos MST e a ofensiva conservadora protagonizada pela mídia e pelos setores conservadores no Congresso Nacional.
Executiva Estadual do PSOL/SP
10/09/2009