Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos decidiram, por meio de assembleias realizadas na noite de terça-feira, entrar em greve por tempo indeterminado.
A estimativa da Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios (Fentect) é de que 70% dos 116 mil funcionários em todo o País deixem de trabalhar durante a greve. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não decidiu até o momento se paralisa também os serviços de entrega com hora marcada, como o Sedex 10. Todas as demais entregas não devem ser feitas.
No País, segundo a assessoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 28 dos 35 sindicatos aderiram à paralisação. A relação das entidades será divulgada a partir das 11h.
Reivindicações
Os funcionários reivindicam uma reposição salarial de 41,03%, que corresponde a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Também reivindicam um aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640.
Segundo o coordenador do Comando de Negociação da Fentect, Emerson Vasconcelos da Silva, a proposta dos funcionários foi apresentada aos Correios em 30 de julho, e a empresa, segundo ele, apresentou uma contraproposta de reajuste de 4,5%, que foi rejeitada pela categoria.
A Fentect havia dado prazo até esta terça-feira para que a empresa apresentasse uma nova proposta, o que não ocorreu, segundo o representante da Federação. (Agência Estado)