9h | Concentração na Praça da Sé
10h | Saída da Caminhada até o Ipiranga
12h | Ato público no Monumento da Independência no Ipiranga
A crise mundial é uma realidade dura para a classe trabalhadora.
Esta crise econômica, ecológica, política, social e humana implica em desemprego, achatamento dos salários, redução de direitos trabalhistas e degradação do meio ambiente. Longe de ser apenas mais uma crise passageira, esta revela o esgotamento do modelo capitalista que privilegia a busca desenfreada do lu cro à custa da miséria da maioria da população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo.
Não dá mais para reduzir as pessoas, de sujeitos de sua própria história, a meras marionetes conduzidas pelos interesses do Capital. Não dá mais para transformar direito social em mercadoria, privatizando a saúde, a educação, a habitação e o transporte. Não podemos aceitar que somente aqueles que têm dinheiro possam ver garantidas as mínimas condições para se viver com dignidade.
A vida do ser humano e do planeta é colocada em último lu gar, como revelam as graves conseqüências ambientais, como a devastação, o aquecimento global e as catástrofes ambientais, que colocam em risco a continuidade da vida no planeta.
Quais seriam, então, as possíveis soluções para a crise mundial?
Os Estados, comprometidos com os interesses dos ricos, preocupam-se apenas em socorrer as grandes empresas e os banqueiros das falências. O Governo Federal chega até a emprestar ao FMI verbas que deveriam ser aplicadas nas políticas públicas. Ao invés de garantir os direitos sociais ao trabalho, moradia, saúde, educação e transporte, o Governo Federal repassa apenas algumas migalhas para o povo, a partir de programas sociais populistas de transferência de renda. Além disso, entrega de bandeja a Amazônia, legitimando a grilagem ilegal, e coloca o Exército para garantir as obras de transposição do Rio São Francisco , que prejudicará o meio ambiente e as comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas.
Com sua política pública a golpe de cassetetes, o Governo Estadual age de maneira violenta contra os movimentos grevistas, tal como no INSS, à exemplo da violência da PM na ocupação da USP de junho deste ano. Da mesma forma, a Prefeitura Municipal expulsa pessoas em situação de rua do centro da cidade e agride trabalhadores ambulantes e catadores de materiais recicláveis.
Não aceitamos tratar como criminosos aqueles que lu tam a favor dos interesses da classe trabalhadora!
Qual a situação dos instrumentos de lu ta da classe trabalhadora?
Enquanto alguns movimentos sociais seguem combativos, fiéis a seu papel histórico na construção de uma nova sociedade, vários outros foram cooptados para atender aos interesses dos governos e empresários.
Ao lado do movimento sindical comprometido com a classe trabalhadora, diversas outras Centrais Sindicais negociam direitos historicamente conquistados, engrossando o coro de ajuda aos empresários e pendurando na conta dos trabalhadores os efeitos da crise econômica.
Poucos partidos políticos continuam aliados à classe trabalhadora, ao passo que muitos outros que se diziam a favor dos trabalhadores estão vendidos a um sistema político corrupto, além de serem financiados pelo Grande Capital para defender seus interesses.
Qual seria, portanto, a alternativa popular à crise mundial?
A força da transformação está na organização popular!
Está na ordem do dia a reorganização das forças de esquerda para o fortalecimento de um projeto popular brasileiro. Neste processo histórico de reorganização é fundamental a participação de movimentos sociais ,estudantis, sindicatos, pastorais sociais e partidos políticos rumo à transformação das estruturas políticas, econômicas e sociais.
A transformação está na força de organização da classe trabalhadora em torno de um sindicalismo independente, combativo e classista; na luta pela estabilidade no emprego e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, na luta pela reestatização da Vale e da Embraer. Homens e mulheres organizados em movimentos sociais que lu tem pela Reforma Urbana e Agrária.
Em suma, protagonismo popular na construção de um novo modelo, ecossustentável, com respeito à diversidade cultural, étnica e de gênero. Uma sociedade solidária, democrática e p lu ral. Enfim, a única forma de organização social justa e igualitária: a sociedade social ista.
Vamos todas e todos dar um grande grito contra a exclusão social!
Grito dos Excluídos, participe!!!