Os membros do Conselho de Ética, arquivaram todas as denúncias contra Sarney e de quebra a denúncia contra o senador tucano, Arthur Vírgilio. Esse resultado foi fruto do acórdão entre os aliados de Sarney e a oposição de direita sob a direção do PSDB.
As representações contra o presidente do Senado e a representação contra o tucano também já haviam sido arquivadas pelo presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ). A votação de hoje se deu a partir dos recursos apresentados contra esta votação.
Foram seis denúncias contra Sarney analisadas em bloco pelos integrantes do colegiado. Quatro foram apresentadas por Virgilio e duas em conjunto por Virgilio e Cristovam Buarque (PDT-DF). As representações foram cinco: três protocoladas pelo PSDB e duas pelo PSOL.
Votaram contra a investigação: Wellington Salgado (PMDB-MG), Almeida Lima (PMDB-SE), Gilvam Borges (PMDB-AP), Inácio Arruda (PCdoB-CE), o vice-presidente do conselho, Gim Argello (PTB-DF), o corregedor Romeu Tuma (PTB-SP). Três petistas também foram contra as acusações: João Pedro (AM), Delcídio Amaral (MS) e Ideli Salvatti (SC).
As votações se repetiram tanto na análise em bloco das denúncias como na avaliação das representações. O presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ) só votaria em caso de empate. O petista Eduardo Suplicy (SP) não votou, por ser o terceiro suplente do partido, mas deixou registrado que votaria a favor da investigação.
No início da sessão foi lida uma carta do presidente do PT, Ricardo Berzoini, em defesa do arquivamento das denúncias contra Sarney. Os senadores do PT não hesitaram e seguiram a determinação da direção do partido e do governo, cravaram o voto a favor da impunidade.