O combate aos efeitos da crise financeira mundial junto aos trabalhadores e o papel do PSOL como instrumento político na formação de uma sociedade socialista deu tom dos discursos de representantes de movimentos sociais no início do 2º Congresso Nacional do partido. Dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Movimento Terra e Liberdade (MTL), Conlutas e Intersindical fizeram parte da mesa de abertura nesta sexta-feira, 21. Todos foram unânimes em pedir aos delegados a indicação da candidatura de Heloísa Helena para a presidente em 2010.
O dirigente estadual em São Paulo do MTST, Jota Batista, fez críticas ao Programa “Minha Casa Minha Vida”, do Governo Federal. “Dos R$ 15 bilhões que serão investidos, 500 milhões são para os movimentos sociais”, apontou. Ele acredita que o enfrentamento da crise mundial está entre os desafios do PSOL durante o Congresso. “A alternativa para a crise é proletária e popular. A burguesia só quer o aumento da pobreza e da concentração de renda”.
Já para o líder do MTL, João Batista, cabe ao PSOL como partido de esquerda apontar caminhos para a organização da classe trabalhadora brasileira, reafirmar a luta pela reforma agrária, defender as ocupações urbanas e enfrentar o Governo Lula. Ele também falou sobre a atuação do movimento. “Nós defendemos os setores excluídos e estamos nas ocupações urbanas e rurais. Mesmo com as prisões e condenações injustas de alguns companheiros, temos que continuar na luta pela construção de uma sociedade socialista”.
Na visão do coordenador da Conlutas, Moacir Lopes, o Congresso do PSOL poderá iniciar uma nova fase na história dos trabalhadores brasileiros. “esse Congresso tem a responsabilidade sair rumo à construção de uma nova central que seja realmente socialista e que represente todos os trabalhadores do Brasil e com representação internacional. Todas as centrais pelegas estão com medo da construção dessa ferramenta”, revelou.
Segundo o representante da Intersindical, Ricardo Saraiva, o PSOL tem que ser firme, ousado e enfrentar o neoliberalismo. “Somos lutadores políticos e precisamos construir instrumentos necessários para construir o socialismo”. Para ele, a possibilidade de formar uma nova central fará muita diferença para os trabalhadores brasileiros.
Aletheia Vieira
Comitê de Imprensa do 2o Congresso Nacional do PSOL