A assembléia estadual dos servidores do INSS realizada na ultima quinta-feira (16 de julho) decidiu acatar a orientação da plenária nacional e suspendeu a greve a partir de sexta-feira (17). A categoria, no entanto, segue em estado de greve para acompanhar o andamento das negociações em Brasília.
Por isso, estão mantidos os comandos estadual e regionais, que devem seguir organizando a mobilização em todos os locais de trabalho. O comando estadual se reunirá no sindicato nos dias 20 e 27 de julho, às 18 horas. Todos os locais de trabalho devem mandar representantes. Até o momento, mais de 150 parlamentares (entre deputados e senadores) firmaram compromisso por escrito de apresentar ao Congresso Nacional um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para impedir que a categoria e as entidades sindicais sejam penalizadas por conta da greve. Além disso, a liderança do governo na Câmara dos Deputados comprometeu- se a buscar a reinstalação do Grupo de Trabalho Interministerial para discussão da regulamentação da jornada de 30 horas para todos os trabalhadores do INSS e a incorporação da parcela variável da remuneração (GDASS – gratificação de desempenho por atividade do Seguro Social) aos salários dos trabalhadores.
Os trabalhadores exigem também a contratação imediata dos 8 mil aprovados no último concurso, mesmo com o anúncio pelo governo de abertura de novo concurso ainda para este ano. Até porque o quantitativo de vagas anunciadas é absolutamente insuficiente para as necessidades de atendimento à população. Caso esses compromissos não se efetivem após o fim do recesso parlamentar, a categoria deve estar preparada para retomar a greve. As negociações serão avaliadas na plenária nacional da Fenasps marcada para o dia 1º de agosto e São Paulo vai reforçar sua participação no comando nacional de greve e mobilização.
Na assembléia, vários servidores reafirmaram a importância desta greve – que enfrentou os ataques jurídicos do governo e do Judiciário, a ação das polícias militar e federal, pressões das chefias, ameaças de desconto dos dias parados e até de demissão. Os trabalhadores, mesmo assim, mostraram firme disposição de resistência e devolveram para o governo a responsabilidade de manter o funcionamento do INSS em condições dignas para os segurados e respeitando os direitos dos servidores.
Os trabalhadores avaliam que a principal conquista dessa greve é a forte unidade estabelecida a partir do movimento, que permitiu compreender a dimensão dos ataques que o governo vem impondo sobre a categoria. A continuidade da luta é uma ação que deve ser assumida por todos os trabalhadores, tenham ou não aderido à greve.
O fortalecimento da mobilização em todos os locais de trabalho é que garantirá o andamento das negociações e o atendimento às reivindicações.
Fonte: Site do Sinsprev