No dia 5 de junho, dia Mundial do Meio-Ambiente, o governo de Alan Garcia desencadeou um brutal massacre na cidade de Bagua, na Amazônia peruana, matando mais de 30 indígenas. Há três meses os povos indígenas se mobilizam contra os decretos do governo peruano que colocou a venda a Amazônia permitindo uma exploração arbitrária de minerais e petróleo. Isto faz parte do acordo de livre comércio que o governo peruano realizou com os Estados Unidos.
A intransigência do governo de Alan Garcia, em aliança com os setores mais retrógrados tem fechado as portas para o diálogo e aberto o caminho do genocídio, não escutando inclusive instituições nacionais como a Defensoria Pública, que comprovou a inconstitucionalidade dos decretos legislativos emitidos para implementar o Tratado de Livre-Comércio com os EUA.
O PSOL se solidariza e se une à voz dos povos do mundo para condenar a massacre de nossos irmãos indígenas peruanos, por parte das forças policiais do governo lacaio do imperialismo, reacionário, fascista do Alan Garcia. Defendemos o fim das perseguições ao líder indígena Alberto Pizango – líder da AIDSEP – Agencia Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana.
Este massacre feito com toda premeditação teve a intenção de calar as vozes que protestam e pressionam pela anulação dos nove decretos, assinados no marco do Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, para entregar os bosques, água, hidrocarbonetos e todos os recursos naturais da Amazônia às transnacionais. Este massacre coloca na ordem do dia, em particular aos povos pan amazônicos a solidariedade e coordenação da luta para a defesa da maior área de biodiversidade e reservas aqüíferas de todo o planeta.
O PSOL se solidariza e se une à voz dos povos do mundo para condenar a massacre de nossos irmãos indígenas peruanos por parte das forças policiais do governo de Alan García. Exigimos o fim do toque de recolher e do estado de emergência em vigor em quase toda a selva peruana.
O PSOL se soma as vozes internacionais e se soma ao dia 11 de junho, data fixada pela Coordenadora Andina de Organizações Indígenas como dia de manifestações contra este massacre, atos públicos de repúdio em nosso país.