Por Aldo Santos
O Senado Brasileiro está megulhado numa profunda crise ética e de moralidade pública, com atos não normatizados e todas as formas de utilização espúria do dinheiro público partilhado entre os mandatários do senado brasileiro, conforme denúncias na multimídia.
O chefe geral das maracutaias é o próprio presidente do Senado, José Sarney, assim como grande parte dos representantes da mesa diretora, com a contratação de parentes, a prática de nepotismo deliberada e outros senadores denunciados pelo esquema das contratações ocultas e secretas.
Como um bom jogador dos meandros da política brasileira, a Raposa Sarneyana parte para a tática do ataque como elemento de defesa, desfoca e despersonaliza suas maracutaias e joga para o conjunto do senado matar no peito e botar a bola no campo novamente; como se tudo que vem ocorrendo fosse natural.
O que está em cheque são os sucessivos escândalos que tem tomado conta da opinião pública que se enoja e enjoa com o comportamento corporativo dos senadores, bem como com a própria democracia representativa, que certamente é golpeada por esses comportamentos, que não representam o valor real e simbólico do sentido concreto do voto.
Claro que toda essa excrecência (senadores eleitos e a própria instituição) existem em função dos balcões de negócio que tem transformado as campanhas bilionárias , haja vista o valor per-capita de cada voto no recente processo eleitoral.
Defendemos a democracia “representativa”, mas entendemos que o processo eleitoral só será de fato avançado na medida em que atingirmos o patamar da democracia participativa, sem esses mecanismos de representação atual, que nada mudam na vida da classe trabalhadora.
Outro episódio importante é a existência no Brasil e em vários outros países a representação Bicameral, entre Câmara Federal e Senado que se congrega no que conhecemos como Congresso Nacional.
Na nossa opinião o senado não tem nenhuma função e na altura dos acontecimentos, a existência da Câmara Federal já estaria de bom tamanho no tocante a manutenção da dita democracia representativa e o Senado não deveria continuar existindo, pois, além de representar gastos desnecessários aos bolsos dos contribuintes brasileiros, o mesmo por não ter uma função explícita de defesa de interesses concretos da classe trabalhadora, deveria ser extinto, a bem da politica pública brasileira, do enxugamento da máquina Republicana, que não suporta mais esses desmandos e essa farra com o dinheiro público que só encarece e emperra a tramitação e aprovação das leis urgentes e necessárias rumo às mudanças do país.
Da mesma forma que houve sensibilidade e engajamento pelo fora Collor, FHC, Fora o FMI, Fora Renan, com ampla participação das forças democráticas e pela base e dirigentes do Psol, devemos sair as ruas pelo fora Sarney e o Senado, pois até a mídia burguesa não suporta o grau de oportunismo e degeneração desses políticos, com as práticas de corrupção institucionalizadas por eles, e pela inutilidade do que representa o senado, que hoje de fato, é uma instituição caduca e senil politicamente.
Muito embora historicamente, sua existência ainda é uma realidade, politicamente já não se justifica sua existência enquanto representação bicameral e portanto, como representantes do povo brasileiro.
Confisco, condenação e prisão dos políticos que acumulam riqueza com o dinheiro público; Fora Sarney e o Senado.
Lutar é preciso!!!
Aldo Santos, ex-vereador em São Bernardo do Campo, membro da Diretório Nacional e Presidente do PSOL de São Bernardo do Campo.
em SBC.(16/06/09)