Os professores do ensino público fizeram uma paralisação de 24 horas em todo o país nesta sexta-feira (24). Os profissionais da educação básica pedem que seja cumprida a lei do piso nacional do magistério de R$ 950, aprovado em 2008, pelo Congresso Nacional. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), 30 entidades filiadas à Confederação, em 25 estados do país, confirmaram adesão à greve.
O presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, ressalta que a implantação do piso é fundamental para melhorar a educação no país:
“A grande maioria dos municípios brasileiros, hoje, não está cumprindo a lei tal qual ela foi aprovada no Congresso Nacional. A lei abre caminho para a construção da escola pública de qualidade, porque, no nosso entendimento, essa qualidade se assenta em um tripé, que é a valorização profissional, portanto o piso é uma questão fundamental, a gestão democrática da educação e o financiamento.”
No Rio Grande do Sul, segundo Franklin, um professor com jornada de 20 horas ganha R$ 270 como salário base. Para ele, é lamentável que alguns estados ainda lutem contra o piso.
De acordo com o sindicato dos professores do Rio Grande do Sul (Cepers/Sindicato), a Secretaria da Educação do estado teria enviado documentos às escolas com ameaças contra quem aderisse à greve nacional. Franklin comentou sobre o assunto:
“A governadora [do Rio Grade do Sul], Yeda Crusius, junto com o governador [de São Paulo], José Serra, e o governador [de Minas Gerais], Aécio Neves, foram os três campeões na luta contra o piso.”
Fonte: Radioagência NP