Contra as demissões de professores e o desmantelamento do tradicional curso de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), estudantes, pais, professores demitidos e o deputado Carlos Giannazi se reuniram no dia 6 de fevereiro no Auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa para protestarem contra a dispensa de mais de 50 professores da faculdade de Medicina e contra outros atos da atual reitoria.
O deputado e professor Carlos Giannazi, ex-aluno e ex-professor da Unisa (docente por 18 anos no curso de Pedagogia) foi convidado pela estudante e atual presidente do Centro Acadêmico, Carolina Toniolo, a compor a mesa. Ele relembrou seus tempos no campus da instituição e, na seqüência, disse que recebeu fortes denúncias, acolhidas pelo gabinete, que davam conta das demissões de dezenas de profissionais da Educação do curso de Medicina e do assédio moral da atual direção da universidade perante professores e alunos, entre outras inti
midações. O parlamentar, que é membro da Comissão de Educação da Alesp, afirmou que na primeira reunião de trabalho da referida comissão levará o caso à discussão dos membros.
Outros pronunciamentos também foram feitos na reunião. O secretário geral do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), Walter Alves, argumentou sobre a crise pela qual passam as instituições de ensino privadas e se colocou à disposição dos professores demitidos.
Segundo Carolina, os próximos passos da liderança do movimento estudantil da Unisa serão a reunião com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, no dia 12 de fevereiro, e audiências com o Ministério Público. De acordo com a presidente do C.A o curso de Medicina conta com cerca de 480 alunos que pagam, em média, cerca de R$ 3 mil por mês.