Uma manifestação contra as chantagens praticadas pelas empresas contra os trabalhadores de aceitar reduzir salários ou ser demitido foi realizada na tarde de ontem (12/02/09) em São Paulo, com uma passeata na avenida Paulista e um ato em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A passeata teve sua concentração e início no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e contou com aproximadamente 1.500 participantes. A Fiesp é o maior símbolo empresarial do país e a principal articuladora, atualmente, de acordos de redução jornada, salários e direitos. Duas pistas da avenida ficaram fechadas.
Representando dezenas de entidades e organizações dos movimentos sindical, estudantil e popular, os manifestantes repudiaram as demissões e a redução de salários e direitos. Para os que participaram, os lucros acumulados pelas empresas devem, agora, garantir os empregos.
O objetivo foi deixar claro para os empresários e para o governo que os trabalhadores não aceitam pagar a conta da crise, pela qual não são os responsáveis. Que não aceitam, de forma alguma e sob qualquer pretexto, a quebra de direitos.
Foram denunciadas práticas de empresas que, aproveitando-se do momento econômico e político, fazem chantagem contra os trabalhadores na base do ou aceitam reduzir direitos ou são demitidos, com o objetivo único de fazer aumentar seus lucros e ganhos. Os trabalhadores também pedem que o governo federal edite uma medida provisória, que garanta a estabilidade do emprego para os trabalhadores durante o período da crise.
Nos últimos dias, em todo o país, milhares de trabalhadores têm se mobilizado contra as demissões e redução de salários. Em diversas cidades do país, ontem, ocorreram manifestações com o mesmo objetivo.
O próximo passo da luta em defesa do emprego e dos direitos será um grande dia nacional de luta com paralisações e protestos em todo o país, no próximo dia 1º de abril.
Participaram do ato de ontem o Sindicato dos Químicos Unificados (Campinas, Osasco e Vinhedo), sindicatos dos metalúrgicos de Campinas, São José dos Campos, Limeira e de outras regiões, Intersindical, Conlutas, PSOL, PSTU, e movimentos populares e sociais.
O ato de ontem deu provas da disposição dos trabalhadores em reagir aos ataques dos patrões e foi também uma resposta à política do governo de socorrer os empresários. A partir daí, e de outras manifestações ocorridas em todo o país, os organizadores do ato apostam que as mobilizações devem crescer nas próximas semanas. Um outro dia nacional de luta já esta marcado para o dia 1º de abril.
Com informações do Site do Sindicato dos Químicos Unificados e do Site da Conlutas