O candidato à Prefeitura de Marília, SP, Cecílio Espósito (Raul Seixas), do PSOL, foi entrevistado ao vivo nesta segunda-feira (24) no Tem Notícias pelos apresentadores Giuliano Tamura e Roberta Chevitarese. Cecílio Espósito é formado em educação artística e direito e essa é a terceira vez que disputa uma campanha política a prefeito.A ordem das entrevistas foi definida por meio de sorteio com a presença dos candidatos e seus representantes. Cada candidato tem o tempo de oito minutos para expor suas propostas de governo.Clique aqui para a íntegra, em vídeo, da entrevista com o candidato Cecílio Espósito (Raul Seixas).
Roberta Chevitarese: Boa tarde, candidato. Vamos começar com um tema crítico em Marília, que é o abastecimento de água. Isso é constante. Como resolver esse problema?
Cecílio Espósito: Boa tarde. Primeiramente pretende resolver o problema evitando o poço profundo salvando as minas que nós temos em Marília, na região central. Temos muitos açudes e represas na região de Marília e nós podemos aproveitar essas áreas. São prioridades. Eles captam água do Rio do Peixe, que é uma água contaminada. É uma água que não é satisfatória, principalmente para cozinhar, para beber. Temos que captar uma água melhor. Temos a represa Cascata, a represa dos Três Rios, uma represa limpa. E descobrindo todas as minas, nós vamos ter muita água em Marília e sem agredir a natureza. E evitar os poços artesianos. Se for necessário vamos construir mais poços, mas vamos evitar. Primeiro aproveitar as águas naturais que estão expostas na nossa região.
Giuliano Tamura: Lendo o programa de governo do senhor no tema de educação, o senhor aponta que gostaria de aplicar 30% do orçamento na educação. Pela constituição o mínimo são 25%. O senhor pretende mesmo aplicar 30% e teria condição de fazer isso?
Cecílio Espósito: É viável, inclusive, quero fazer um governo que vai sobrar muito recurso. Porque Marília tem muito recurso. A prioridade é aplicar na saúde e na educação. Agora, se não for possível os 30% nós vamos conseguir os 25%. É a sugestão do nosso partido, o PSOL, que é aumentar a verba na educação. Um dinheiro a mais para ter uma merenda melhor, um uniforme, para ter mais biblioteca, enfim, que valorize o aluno, que deixe mais tempo para a gente investir na cultura, no esporte, no lazer das crianças. As crianças ficam um determinado período na escola e depois ele fica à mercê nas ruas. Temos que salvar essas crianças das ruas.
Giuliano Tamura: Só aproveitando o gancho da educação, no programa de governo está que o senhor pretende garantir o funcionamento das creches em dias úteis e aos sábados, inclusive durante as férias escolares e recesso. É possível e viável?
Cecílio Espósito: Outra coisa que precisa estudar. As mães querem e necessitam deixar as crianças porque trabalham, não podem ficar disponíveis porque trabalham aos sábados e domingos também. Agora, teríamos que disponibilizar funcionários para fazer esses plantões. Eles têm um período certo de trabalho. Ou fazer uma remuneração ou contratar um pessoal e ampliar os horários.
Roberta Chevitarese: O senhor fala que suas prioridades são saúde e educação. Queria que o senhor falasse sobre a saúde. Em seu plano a gente percebe que existem propostas de mudanças. São necessárias porque a gente mostra a situação dos pacientes. Que mudanças seriam essas na saúde?
Cecílio Espósito: A prioridade é um atendimento central, um pronto-socorro além dos que já tem. Um central que viabilizaria o atendimento para qualquer bairro e com rapidez. Quero criar também uma ambulância equipada com médicos e profissionais. Em vez que a ambulância ir até o paciente e trazer ele ao pronto-socorro, o médico já vai junto e vai dando os primeiros socorros. Porque há casos em que a pessoas está enfartando, ou tem outro problema sério, como um acidente grave e ela tem que ser socorrida na hora. Então vai um profissional junto com essa ambulância, como tem o SAMU e os Bombeiros, às vezes tem pessoal treinado. Quero aperfeiçoar mais isso. E o SAMU também vamos fazer um treinamento para que eles, se for preciso mais viaturas, para que eles sejam mais ágeis. A cidade é grande e tem que ter bastante viaturas em vários cantos da cidade. Quero fundar um hospital na zona norte e um na zona sul, ou minis hospitais. Quero ter convênios com as faculdades.
Roberta Chevitarese: E verba para isso?
Cecílio Espósito: Vai sobrar. Marília tem muita verba. Tenho certeza se eu administrar do jeito que penso vai ter muito dinheiro para isso. E nós vamos viabilizar os nossos deputados. Para isso temos dois deputados de Marília. E temos o terceiro, nosso querido amigo japonês, o Camarinha, pai e o filho. Vamos ver com esse pessoal para que ajude. Não precisa ser prefeito nosso, queremos ele como deputado para ajudar o prefeito. É o necessário.
Giuliano Tamura: Candidato, vamos mudar um pouco de assunto. Transporte público, como o senhor avalia o serviço e o que faria para melhorar o transporte para o morador de Marília?
Cecílio Espósito: o transporte público precisa melhorar viabilizando mais uma empresa para que haja concorrência. Eles estão querendo duas empresas, uma na região norte e outra na sul. Ia virar o caos e daria problema. Então, seria mais uma empresa para concorrer com aquela e ia suprir as necessidades de Marília. Também é preciso estudar o problema dos distritos de Avencas, Amadeu Amaral, Rosália estão mal de transporte. Se você vai de ônibus para esses distritos você não consegue voltar, porque é um ônibus cedo e outro à tarde. Então é difícil. Esse pessoal precisa muito que a circular vá a esses municípios, melhorar mais para Lácio, Padre Nóbrega, mais ônibus. E o trânsito de Marília também precisa melhorar muito. Precisamos criar uma avenida para desafogar o trânsito e para viabilizar melhor o transporte urbano.
Roberta Chevitarese: É possível abaixar o valor da passagem?
Cecílio Espósito: É preciso estudar. Vamos supor, do terminal até na Nova Marília, um exemplo, está razoável o preço, mas quem vai pegar do terminal até o Hospital das Clínicas está pagando um pouco caro. Às vezes a pessoa vai andar dez, quinze pontos de ônibus fica cara a passagem para ela. É problema de estudar. A empresa está há muitos anos na cidade. Não podemos desperdiçar e falar que ela está mal. Só precisa melhorar com certeza, porque tem ônibus novos. Só que eles têm que ouvir a população também, as associações de bairro e chega em um denominador comum, bom pra empresa, pra cidade e para o usuário.
