Organizado pelo Diretório Estadual do PSOL-SP, o Seminário Estadual Eleitoral aconteceu na sede da Fundação Lauro Campos nos dias 02 e 03 de julho. Com a presença de representantes de 83 municípios e de membros da direção estadual do Partido, o evento apresentou instrumentos para a elaboração das campanhas e apontou diretrizes programáticas para as eleições de 2016. O evento também serviu para a distribuição de materiais gráficos do partido, bandeiras e adesivos, como forma de consolidar a imagem do PSOL em todo o estado de São Paulo.
O presidente estadual do PSOL, Juninho, abriu as atividades do seminário, apresentando os desafios para o pleito deste ano, ressaltando as dificuldades que têm origem nas recentes mudanças na legislação eleitoral, efeito da minirreforma política encampada por Eduardo Cunha. “Esse seminário tem o objetivo de dar condições mínimas aos municípios, para que possam tocar os desafios de uma campanha que será desigual devido o poder econômico de nossos adversários, da velha política, mas temos de ir pras ruas conquistar corações e mentes para um projeto de transformação, e para dizer que o sonho pode governar”, afirmou o presidente, que também é pré-candidato à Prefeitura de Embu das Artes.
A programação do evento foi distribuída em dois dias. No primeiro, o foco foi nas questões organizativas, com orientações sobre registro das candidaturas e prestações de contas, em atividade coordenada por José Ibiapino, secretário de finanças do PSOL-SP, e pelo Dr. Alberto Canuto, advogado que prestas assessoria eleitoral ao Partido. O primeiro dia ainda contou com uma oficina sobre o papel das redes sociais na luta política, elemento central na disputa política contemporânea, que serve para alcançar pessoas e difundir ideias. Coordenada por Tamires, da comunicação do Juntos, e Claudio Zamboni, do mandato do deputado federal Ivan Valente.
O segundo dia de trabalhos teve como foco as diretrizes programáticas que devem ser apresentadas em todas as campanhas do PSOL no estado de São Paulo. Marcio Rosa, da direção do PSOL da cidade de São Paulo, apontou que a inversão de prioridades deve se apresentar como eixo organizador, tendo outros elementos, como a necessidade de radicalização da democracia com a ampliação da participação popular, a transparência e o ecossoscialismo como integrantes do programa. Camila Souza, do diretório estadual, relembrou que as Jornadas de Junho trouxeram vitórias para os que lutam pelo direito à cidade, mostrando a necessidade de mobilização popular na construção da governabilidade de um projeto de esquerda. Por fim, Rafael Moia, do PSOL de Campinas, subsidiou o debate com informações relativas à Lei da Transparência e à construção das leis orgânicas dos municípios.
O deputado federal Ivan Valente esteve presente para fazer uma saudação aos participantes no primeiro dia, quando destacou a importância da organização partidária para a construção da luta política no estado de São Paulo. Já no domingo, o deputado estadual Carlos Giannazi falou da importância da luta da bancada do PSOL na Assembleia Legislativa, e Isabela Goes apresentou a cartilha com 50 propostas feministas produzidas pelo Setorial Nacional de Mulheres do Partido.
O desafio para 2016 é grande e o PSOL deve estar preparado para se consolidar à altura do tamanho do Brasil, qualificando a discussão, com ética, combatendo as oligarquias e as velhas formas de fazer política. Ao final do Seminário, o presidente Juninho disse: “mais do que um impulso da direção estadual para os municípios, com preparação e distribuição de materiais, a melhor parte de um encontro como esse é a troca de conhecimentos de experiências, onde a gente se fortalece coletivamente.”
Por Ubiratan Ribeiro. Com Gabriel Vicente França.